quinta-feira, 7 de abril de 2011

O espírito de uma tragédia

Muitas pessoas ao se deparar com a tragédia ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, devem ter se perguntado. “Porque um cara mata 11 pessoas e machuca mais outras tantas e depois resolve se matar?”

A resposta é simples. Desespero e confusão. Sabe-se lá o que Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos tinha na cabeça. O que sabemos é que pelo menos umas 20 famílias tiveram suas vidadas mudadas de forma brusca, a cidade e o estado do Rio tiveram mais um capítulo de violência, que assustou a todos, gerando novamente o sentimento de insegurança em todos nós.

Mas meu propósito neste texto, é me ater ao porquê de tamanha violência. Uma cabeça ligada a um ideal, é algo que pode ser muito poderoso, entretanto existem caminhos que podemos seguir, que podem tanto para construir, como para destruir as coisas.

Não conheci, nem nunca ouvi falar de Wellington, mas tive acesso à sua carta de “despedida”, através da assessoria de imprensa da Polícia Militar e pelo que se lê no texto, não se trata de uma mensagem clara. Não é preciso ser especialista em saúde mental para se ter a noção de que algo perturbava o então rapaz de 24 anos.

Criticar um assassino é a atitude mais fácil e simples de se fazer, todavia, entender porque diversas pessoas em momentos de ira fazem isso, é algo que requer observação e uma visão mais ampla sobre a humanidade.

Dentre as minhas crenças e as crenças do senso comum, é perceptível que, uma criatura que creia verdadeiramente em Deus, seja a religião qual for, não existe a aceitação pela morte de qualquer um, seja bandido, inocente, criança ou idoso.

Wellington serviu como mais um exemplo, do que o sentimento materialista e o que o nosso egoísmo é capaz de fazer. Com esse ato de terrorismo, o atirador trouxe para si e suas vítima, mais infelicidade e dor, que seu sofrimento “solitário” provavelmente já trazia.

Resolver as coisas com as nossas próprias mãos, é o tipo de coisa que qualquer um as vezes quer fazer, uns mais atacados, outros mais brandos, mas todos nós somos capazes de fazer loucuras, em que somente mudando de ideia, ou seja de pensamento e sentimento, paramos para pensar e fazemos diferente.

Fica a pergunta, agir só pelo materialismo, resolveu algum problema?

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