sábado, 26 de dezembro de 2009

Eleições 2010


O Brasil, caminha para em 2010, para mais um ano de eleições.

No ponto de vista Presidencial, a disputa, é bem grande, pelo lado da Oposição (PSDB e DEM), há a preocupação em qual candidato levar para ao cargo mais alto do país.

Essa semana, Aécio Neves, Governador de Minas se pôs fora da pré candidatura para a presidência, facilitando o caminho para o Governador de São Paulo, José Serra, à uma candidatura pela Direita.

Na situação, o PT pela primeira vez em 6 eleições, disputa sem a figura emblemática de Lula ao cargo de presidente.

Mas, além disso, do governo atual, um número de 18 a 19 ministros, dos 35 ministérios, estarão se candidatando na atual disputa eleitoral, seja para deputado, senador, governador ou à presidência.

Esse é o caso da Ministra chefe da Casa Cívil, Dilma Roussef, que tem como quase certa a sua candidatura pelo PT.

Teremos uma disputa presidencial inédita e uma mudança estrutural muito grande no ano de 2010.

Para isso, o Blog Digithal convidou, Vanessa Campagnac, doutoranda em Ciências Políticas pela UFF, para esclarecer esse panorama para 2010.

Perfil da política brasileira:

“A descontinuidade é traço marcante da nossa política. Em anos eleitorais, esse efeito se potencializa”.

Mudanças no Ministério

“A “mudança” que os jornais têm comentado, são iniciadas com a própria descaracterização da equipe do governo, apesar de os sucessores das pastas ministeriais possivelmente receberem instruções para manter as coisas no lugar, sem muito barulho, até que os resultados das eleições sejam divulgados.”

Situação do PT

“Essa enxurrada de governistas deixando seus cargos para se candidatarem pode ser, sim, um tipo de vitória para o PT. É como se o governo petista estivesse conseguindo, de alguma forma, criar mecanismos multiplicadores, para se manterem no poder. É claro que essa capacidade de multiplicação só será provada caso os candidatos petistas efetivamente ganharem vários cargos, mas, de toda forma, só a possibilidade dada a eles, pelo partido, de largarem suas pastas para encararem pleitos eleitorais – tanto para cargos proporcionais como para majoritários –, já é algo notável. Mostra que ao longo de sete anos, esse governo fez – ou tentou fazer, ao menos – o possível para criar sucessores.”

Desunião na Esquerda

“Não acredito que essa capacidade de se manter ao poder se estenda à Esquerda de forma geral. Vejo esse fenômeno como estritamente ligado ao PT, até porque o governo fez alianças bastante inclinadas para o centro e para a direita para manter a governabilidade. Penso que em casos nos quais um candidato governista não-petista se eleja, será muito mais por conta da pessoa, e não do partido, ou de uma orientação partidária qualquer.”

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