sábado, 2 de janeiro de 2010

Os que se promovem com as desgraças Alheias.

Caricatura Sergio Cabral - Manga

Hoje cedo vi uma entrevista do Governador Sérgio Cabral na Globo News e quando, este perguntado pela repórter qual seriam as providências a serem tomadas frente aos deslizamentos em Angra dos Reis, o governador insistiu em falar das coisas boas que o Governo do Estado havia feito em outras áreas do Rio e sobre a preocupação do presidente Lula com a situação das pessoas que passaram por essa fatalidade.

Francamente Sergio Cabral, essa definitivamente, não é a hora para palanques. A sociedade cobra por medidas que possam diminuir a dor de quem passa por esse tipo de desastre e para quem assiste a esses acontecimentos de suas casas, sofrendo por amigos, parentes ou até mesmo por desconhecidos, mas compartilhando desse momento bastante delicado.

Afirmo aqui: Faltou sim, a sensibilidade do governador e mesmo que ele tome as medidas corretas, não aproveitou o momento de passar tranqüilidade aos moradores de Angra e ás pessoas que acompanham o caso.

Outro fato curioso que li num email que recebo da Revista Exame é que em São Paulo, um motorista ao dirigir seu carro Jipe da marca Troller frente a um alagamento na Marginal Pinheiros, acabou por gerar um marketing involuntário da marca de carros.

Segundo a reportagem da revista, a imagem do motorista atravessando o local com o acesso dificultado, foi filmada pela Rede Record e virou um anúncio vinculado na TV.

Para se ter uma idéia a empresa entrou em contato com a Rede Record, para ter direito das imagens e aproveitou a oportunidade para convidar o dono do carro a se identificar no site da empresa. http://www.troller.com.br/motorista/.

Veja que até o dia 30/12, quase 200 pessoas se inscreveram respondendo porque eram o dono do Troller.

E “só” 100 mil pessoas visitaram o site, onde umas 88 mil assistiram à versão exibida no YouTube, onde deixaram 700 comentários.

É a desgraça gerando lucro, faz idéia do que é isso?

Realmente onde há problemas, há chance de se promover e ganhar em cima da necessidade das pessoas.

O que vocês acham disso? Comentem ai em baixo.

Um comentário:

  1. Nandinho, tenho grandes problemas em postar aqui... rsrs
    Mas, realmente, é muito triste se aproveitar da desgraça alheia.
    Um bom exemplo é o que estão fazendo os comerciantes de Angra que não foram efetados pela tragédia. Eles estão vendendo um saco de arroz por R$25,00. Famílias perdem quase tudo e ainda passam por isso para garantir algo tão básico como a alimentação... que vergonha!

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